Júlia Louzada

Júlia Louzada, é psicologa, psicanalista e pesquisadora vinculada ao Laboratório de Psicanálise, Sociedade e Política (PSOPOL) e ao Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica da USP. Com dissertação em processo de escrita referente a Fome no Brasil e Sofrimento Sociopolítico. Compõe também a RedIPPol – Rede Interamericana de Pesquisadores em Psicanálise e Política. É feminista e anti-imperialista. Escreve textos acadêmicos, é colunista do jornal Brasil de Fato, também escreve em guardanapo de papel em bares e cafés, em geral sobre Psicanálise e Política. Lê e escreve para sobreviver. Aqui reune publicações, memórias e outras palavras

Mulheres Cabulosas da História


Chiquinha Gonzaga foi compositora, pianista e maestrina. É responsável por mais de duas mil canções populares. Entre elas está a primeira marchinha composta para o carnaval: “Ô abre alas”, de 1889. Seu aniversário, em 17 de outubro, é lembrado como o Dia Nacional da Música Popular Brasileira, desde a aprovação de uma lei para este fim, em maio de 2012.
Mas, na verdade, essa é a Júlia Louzada que luta para que a emancipação da classe trabalhadora seja também a emancipação das mulheres.

O mês de março é o mês da Luta Internacional das Mulheres. Antes de ter sido apropriada comercialmente, a comemoração do dia 8 surgiu como uma data que marca a resistência e a luta por direitos para as mulheres, protagonizada por elas ao redor do mundo.

São mulheres corajosas e poderosas com histórias inspiradoras, que dedicaram suas vidas à luta para revolucionar o mundo. Apesar da grande importância — seja na política, ciência, artes e etc. — a maioria delas teve seus nomes escondidos e até mesmo apagados pelo patriarcado, que subvaloriza o papel e o poder das mulheres na sociedade. Por isso, nessa data simbólica, nós mulheres do Levante Popular da Juventude decidimos resgatar essas memórias para homenageá-las e dizer que a história é viva e caminha!

No projeto fotográfico “ As Mulheres Cabulosas da História” retratamos 43 dessas personagens, sugeridas pelas próprias fotografadas. Nosso objetivo é mostrar, através da releitura de imagens, que essas mulheres continuam mais vivas do que nunca. Continuamos lutando inspiradas pela trajetória delas que jamais serão esquecidas por nós!

Além disso, o projeto nos mostrou que, infelizmente, ainda temos um número muito reduzido de mulheres negras e indígenas conhecidas e reconhecidas pela história transmitida através da mídia e dos livros. Muitas dessas mulheres tiveram seus nomes ignorados ao longo da história e isso nos atenta para a importância de discutirmos não só o machismo, mas especialmente o racismo.

Acreditamos em um mundo em que mais mulheres consigam se espelhar na força dessas personagens e que sejamos nós as protagonistas da nossa própria revolução!

https://levante.org.br/2016/03/05/mulheres-cabulosas-da-historia/