Júlia Louzada

Júlia Louzada, é psicologa, psicanalista e pesquisadora vinculada ao Laboratório de Psicanálise, Sociedade e Política (PSOPOL) e ao Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica da USP. Com dissertação em processo de escrita referente a Fome no Brasil e Sofrimento Sociopolítico. Compõe também a RedIPPol – Rede Interamericana de Pesquisadores em Psicanálise e Política. É feminista e anti-imperialista. Escreve textos acadêmicos, é colunista do jornal Brasil de Fato, também escreve em guardanapo de papel em bares e cafés, em geral sobre Psicanálise e Política. Lê e escreve para sobreviver. Aqui reune publicações, memórias e outras palavras

Quem se lembrou da mãe do juíz?

Na hora do deslize da arbitragem, as mães são as primeiras a serem xingadas

Texto originalmente publicado no Jornal Brasil de Fato impresso, na página de esportes e na coluna Curta e Grossa, onde contribuía periodicamente.

Data: 13 de maio de 2016.

O último domingo (8) não foi só a data das finais dos campeonatos estaduais, foi também dia das mães. Prestamos nossa homenagem em casa, com flores e abraços e presentes. Muitos times também tiveram iniciativas para festejar a data. Na Holanda, as mães entraram em campo com os jogadores do Ajax. No Ceará, uma missa das mães abriu o jogo no estádio do Vozão. Em Minas Gerais, América e Atlético entraram em campo com faixas de homenagem a elas.
Mães dos jogadores e mães torcedoras foram lembradas. Mas, da mãe dos juízes, quem lembrou? Na hora do deslize do juiz é que se lembram delas. Com mãe não se brinca, mas com a do juiz pode? Não pode não! No dia das mães ou em qualquer outro dia, se for para esbravejar sobre a incompetência da arbitragem, vamos usar outras expressões que não ofendam as mulheres.

https://www.brasildefato.com.br/2016/05/13/quem-se-lembrou-da-mae-do-juiz/