Júlia Louzada

Júlia Louzada, é psicologa, psicanalista e pesquisadora vinculada ao Laboratório de Psicanálise, Sociedade e Política (PSOPOL) e ao Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica da USP. Com dissertação em processo de escrita referente a Fome no Brasil e Sofrimento Sociopolítico. Compõe também a RedIPPol – Rede Interamericana de Pesquisadores em Psicanálise e Política. É feminista e anti-imperialista. Escreve textos acadêmicos, é colunista do jornal Brasil de Fato, também escreve em guardanapo de papel em bares e cafés, em geral sobre Psicanálise e Política. Lê e escreve para sobreviver. Aqui reune publicações, memórias e outras palavras

Machismo não é esporte, mas está nas Olimpíadas!

A primeira atleta sul-americana a competir foi uma brasileira, a nadadora Maria Lenk, em 1932

Texto originalmente publicado no Jornal Brasil de Fato impresso, na página de esportes e na coluna Curta e Grossa, onde contribuía periodicamente.

Data: 10 de agosto de 2016

Os Jogos do Rio 2016 já estão rolando. Você sabia que esta é apenas a segunda olimpíada em que as delegações de todos os países têm mulheres? 
O Brasil é reconhecido pela participação feminina com conquista de várias medalhas. A primeira atleta sul-americana a competir foi uma brasileira, a nadadora Maria Lenk, em 1932. 
Nas Olímpiadas de Londres 2012, as mulheres se superaram e trouxeram para o Brasil seis medalhas: um recorde. Pela primeira vez, foram dois ouros, um no judô e outro no emocionante vôlei de quadra. Neste ano, as expectativas são ainda melhores.
Mas o que já estamos vendo na televisão ou lendo nos jornais não são essas conquistas, mas comentários sobre as ‘musas’, os corpos e os cabelos das atletas.
Isso é machismo! Precisamos falar sobre isso e entender que nos estádios ou nas ruas as mulheres precisam ser respeitadas!

https://www.brasildefato.com.br/2020/02/01/opiniao-machismo-nao-e-esporte-mas-esta-nas-olimpiadas/